quinta-feira, 30 de abril de 2009

"Era uma casa muito engraçada..."

Salve, salve!

Quanto tempo, não? Pois é...vida corrida e confesso que...uma certa preguiça tb! rs

Por estes dias até que aconteceram algunas cositas interessantes...Na última sexta, por exemplo, fui ao show do Toquinho (até que enfim consegui!). Juro que não imaginava que seria tão bom! Juro que não sabia que apesar de curtir e ser mto fã deste cara, não tinha idéia de quão bem ele manda no violão. Show sensacional! Repertório notal mil! Várias músicas dele com o Vininha (íntima eu, não? rs). Chico (gostei pouco), Tom, João Gilberto e de mais uma pancada de gênios da MPB. Ele fez até um 'medley' de canções infantis. Confesso que quando rolou "Era uma casa muito engraçada..." rolaram umas lágrimas tb! Saí de lá felizona! :)

No sábado saí com uma galera mto legal. Animada pra caramba. 'Si' diverti a valer. Depois do cinema, rolou uma palhaçada básica...Ficamos tirando fotos no shopping...Coisa de gente um pouco 'anormal' (no bom sentido do termo). Isso tirou um pouco o peso no coração que eu estava em relação a certas pessoas que eu gosto muito...Indivíduos que dizem ser tão amigos, falam tanto "eu te amo", mas simplesmente pouco se importam contigo, caso você não se encaixe dentro do esquema deles... Enfim, sábado foi mto legal!

Já meu domingo foi dedicado ao espanhol. Fiquei aqui em casa fazendo minha ponência...Dez minutos falando sobre o quê? El Tango! Aproveitei e gravei uma músiquinha de Carlos Gardel para completar a apresentação e fazer uma "mediazinha" hihihi (brincadeira).

Na terça fui ao MASP. Assisti a uma exposição fantástica. Povo de Sampa: vale a pena ir! Toda terça é de graça. Patrícia-Flora-Pillar estava lá rs.

E pra não dizer que não falei de amores...estou 'in love'. Namorando...é isso aí mesmo! Está tudo caminhando muito bem e nós dois estamos bem contentes. Até que enfim encontrei um cara seguro, que não me cobra, sensato e...simplesmente...adorável e apaixonante...Porém, não quero me precipitar...Vamos deixar as coisas seguirem seu rumo...Mas que tá bom, tá bom! ;)

E não é que sexta já temos um outro feriado? Mas que maravilha, non? Minha doce família vai viajar e eu vou ficar sozinha em casa! Uhuuuu! (quem lê pensa q eu apronto mto ha ha). Sei q na sexta já vai rolar uma festinha e no sábado tem a Virada Cultural, né? Não sabo ainda o q farei...Vamos ver, vamos ver...

E é isso, pessoas lindas...

NAMASTE

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ai, benhê, sou blasé!

“Whatever”/ “Vou ver se rola”/ “Estou mega ocupado(a), preciso ver minha agenda”. São expressões/frases extremamente usados pelo “povinho blasé”. Ops, povinho pode soar mal, já que esta galera (meu Deus, como me refiro a eles?) é muito fina, apesar de, na real, ser bem mal-educada...
Com seu sorriso meia-boca (literalmente) e sua cara de paisagem, o blasé realmente só se dá bem com outro blasé. Este nicho é composto, em sua grande maioria, por “artistas”, pessoas que trabalham com moda, jornalistas, publicitários, músicos, designers, fotógrafos, mas pode ser qualquer um. Basta querer, não é nada difícil!
Vários lances me irritam entre estes camaradas. O fato de eles se acharem o máximo é um deles (não no sentido de valorização, mas no de superioridade mesmo). Sem contar no humor denominado “sarcástico/irônico” pelas criaturas- mas que na verdade é cruel. Isto é, eles dão risada da sua cara na sua cara e quando você vai embora também. Porem, o que realmente “pega” pra mim é e que apesar de aparentar – de longe – personalidade forte e marcante, é exatamente o contrário o que rola entre esta gente (fora a hipocrisia, que comentarei a seguir). Todos parecem que vivem em uma Nouvelle Vague infinita. Até imagino um deles no meio da madrugada, olhando-se no espelho por minutos e minutos a fio até “acordar pra vida”, só porque o cigarro está queimando seus dedos.
Pior que blasé é baba-ovo de blasé, aspirante a blasé. Afff... Isso é triste...Ver quem não é do “meio” tentar se enturmar, dá vontade de vomitar. Por que... é cool ser antipático? É cool tratar os demais com cara de pouco caso, é cool achar que todo mundo é babaca menos a sua tchurminha e, ao mesmo tempo, fazer o bom e velho gênero ”não to nem aí pra nada e pra ninguém”? O mais engraçado é que a maquiagem deles é “despretensiosamente” bem-feita, assim como o cabelo e as roupichas que são, em sua maioria, pra lá de modernas. “Ah, me maquiei no ônibus (cof cof), esta roupa aqui comprei num brechó (cof cof II) e meu cabelo eu nem penteei, acredita?”. Eu creio. Eles já nasceram ultramodernos... e com piercings!
Meu, na boa... Eu sou o tipo de pessoa que aceita todo mundo, respeito mesmo o jeito de cada um. Quer ser mal-educado? Seja (longe de mim, é claro), mas OK! Quer fazer o estilo descolado? Te faz feliz? Beleza! Seja nerd, seja bicho-grilo, seja patricinha... Cara, não tenho nada a ver com a vida de ninguém. Só que eu possuo um grande defeito (entre vários outros, óbvio), não suporto gente hipócrita. E é louco como o blasé consegue ser simpático quando precisa. O tom de voz muda, até o sorriso fica completo! Agora vamos separar umas coisas... É certo que há muita gente falsa neste mundo, mas a questão é que o blasé se coloca no topo da pirâmide da autenticidade...Só que falsidade e jogo de cintura são coisas COMPLETAMENTE diferentes. E eles afirmam possuir jogo de cintura, claro.
Eu to escrevendo este post sobre este pessoal porque vários “blasés” andaram me irritando nos últimos dias. Há pouco, um cara do gênero me ligou supersimpático, praticamente na base do “beijomeliga”. Eu estranhei pra caramba, mas dei corda. Pra resumir, ele queria que eu elaborasse um flyer pra ele (a figura tem uma banda) e que revisasse uns “lances” que ele tinha escrito em inglês. Beleza, trabalho, né? Perguntei para o cidadão para quando ele queria, como e quanto ele estava disposto a pagar, porque poderíamos negociar. A figura me responde: “Pô, Carlinha, em nome de nossa amizade, né?. Confesso que esperei a continuação de seus dizeres, tipo: “Brincadeira!”“, coisa e tal, mas não, era isso mesmo. Primeiro pensei: ”Que amizade, meu filho?” (mas seria muuuita perda de tempo entrar numas de discutir), então logo respondi: “Meu lindo, veja bem... além de estar atolada de trabalho, eu sigo um lema: “Não me peça pra fazer de graça as poucas coisas que sei fazer cobrando”. Disse numa super boa, ele não gostou nada e voltou a seu estado blasé de ser e de viver, evidentemente. Agora me diz, isso é jogo de cintura?
Bem, pouco tempo depois, encontrei uma menina que já foi super minha amiga. Chamei-a e a cumprimentei toda animada (da parte dela rolou o tal sorriso meia-boca), perguntei como ia a vida, etc. e tal, e, pra não ficar no vácuo, meio que fiquei falando sozinha – altamente arrependida por ter chamado a criatura. A resposta dela para tudo? “Ahan”.
Ela foi uma destas baba-ovo que conseguiram entrar no “meio” (uau!!). O caso de “babação” dela foi o seguinte... Ela deixou de comemorar seu aniversário com os amigos para sair pra uma balada “alternativa” com os futuros miguxos (ai, como prefiro os emos!). Resultado: ninguém falou com ela e a noite inteira foi regada a piadas internas e a conversas pseudo-intelectuais (digo pseudo porque os blasés se cansam fácil... É difícil que se aprofundem em um assunto, mas no geral são inteligentes, sim). Que beleza de aniversário, não? Penso eu que deve ter valido muito a pena, já que agora ela é super cool! Além destes casos, outras águas rolaram, mas prefiro nem comentar! rs
Outro lance péssimo... é quando a pessoa mostra a face blasé depois...porque no começo, por algum motivo, ela parece ser legal! Porém, eu sou lerdinha pra estas coisas. Quero dizer, quando o ser não é muito simpático, na minha segunda tentativa de aproximação (por exemplo), eu penso que está ocupado. Na terceira... que não está em um bom dia... Daí na quarta, saco (até que enfim! Eeee!!!) que ou não há mais vontade em falar comigo (acontece com todo mundo, não? – eu objetivo começar e manter minhas amizades sempre, mas tem gente que pensa diferente, respeito!), ou... é blasé.
Ficar a fim de alguém deste gênero? Impossível! Posso dizer, com toda certeza deste mundo, que desta água não bebo jamais! Mas e quando umas destas criaturas “cai de amores” pela sua pessoa, apesar de você deixar claro que NÃO VAI ROLAR NADA? Ah... dá-lhe escutar mesclas de discursos sofistas e freudianos. Deusmelivre!
Bom, pra quem não tá ligado muito bem como é um uma pessoa de tal “classe”, basta começar a sacar alguns perfis no Orkut. Todos são ridiculamente iguais. O “About Me” geralmente é composto por uma frase totalmente desconexa (provavelmente oriunda de uma piada interna dentre os seus). Além disso, muitas vezes são escritos em inglês ou francês e, geralmente, remetem a um sentido whatever de ser. Tipo aquelas propagandas dos cigarros Free dos anos 80/90 (dei uma viajada agora hhhaha). E o que dizer das fotos? Iluminação “inusitada”. Face “meio oculta”. Rosto virado. No meio da multidão. Ah, já ia me esquecendo... tem a padrão...que é aquela com a câmera na mão! Também tem a foto pela metade e a versão ponta-cabeça. Afinal, trata-se de um povo criativo, não? Que criatividade mais... homogênea, eu diria! (Gente, vale ressaltar que é tudo isso JUNTO que “forma” um blasé; além do sorriso de lado, o humor cruel e as demais cositas citadas hahahah).
Há muitos artistas famosos que seguem este esqueminha... O recém-finado Clodovil era um deles. Erika Palomino é um exemplo forte. Woody Allen e Johnny Depp também são meio blasés... mas há tanto talento por ali, que são casos perfeitamente perdoáveis! rs. Temos também Gerald Thomas (Argh! Pensar que um dos meus piores pesadelos foi sonhar que este cara corria atrás de mim feito um louco!), Jô Soares e mais outros tantos. Um personagem mega-blasé: Butler (Clark Gable), com sua memorável frase: "Frankly, my dear, I don't give a damn", no clássico "...E o Vento Levou". Apesar que o lance dele era difereciado...Ele não “gives a shit” pra ninguém mesmo. Este sim era autêntico ;)
Cara, to julgando pra caramba... To ligadíssima nisso, além de estar generalizando absurdamente... Isso vai atrapalhar meu processo, sem dúvida alguma, mas meu... sou um ser um humano e tudo o que escrevi está fortemente embasado em experiências pessoais. Sou imã deste povo insuportável! Porra (sorry, agora tive que falar), logo eu... uma pessoa que prima TANTO pela simpatia e pela simplicidade! Não mereço ser chamariz deste tipo. To muito, mas MUITO FORA disso! Contudo, isso pode acabar! É só esta gente resolver virar gente DE VERDADE! Que tal, hum hum??? A vida é muito curta pra ficar fazendo tipinho, vai!
Hoje, mais do que nunca... quero que todos os deuses me perdoem e que me deem paciência... Aliás, disse que a vida é curta, mas desperdicei um tempo descomunal canalizando energia para pessoas que não fazem minha cabeça. Ai, tolinha! Pronto, fui!
E com toda a sinceridade do mundo: NAMASTE!