sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Sem comentários

Acabei de escrever meu último post do ano, só que o mesmo se perdeu no servidor tosco de um determinado shopping curitibano. Ao mesmo tempo, meu pen drive não abre nesta outra máquina (já que fui obrigada a mudar de lugar). Sim, tudo muito confuso e também não tá rolando paciencia pra explicar.

Enfim, acontece...Recuso-me a ficar irritada no último dia do ano :D

Não haverá "gran finale", mas o importante é que continaremos em 2001, todos juntos e misturados ;)

NAMASTÊ

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

People come and go...


Sean: "Do you need Anybooooooooody? Esta é minha música preferida. É vc que canta esta parte, pai?
John: Não, é o Ringo. Eu e o Paul acompanhamos
Sean: É a minha canção favorita. Como é o nome?
John: Ah, não lembro...
Sean (observando seu nome escrito pelo pai): Sabia que todas as letras são amigas?
John: Como?
Sean: É, todas as letras são amigas
John: lol
Sean: Qual é o nome da música, pai???
John: Ah, é With a Little Help from My Friends"

Bem, 'a ordem dos fatores não altera o produto' (memória falha...rs)

Filho de Lennon no auge dos seus quatro, cinco aninhos, demonstra nesta pequena passagem como a inocência é linda. O sorriso e a espontaneidade de uma criancinha revelam como chegamos 'por estas bandas' com a alma pura...Pena que logo em seguida já nos tornemos reféns dos famosos 'pode/não pode'...'sim/não' etc etc etc.

Em um piscar de olhos, o superego chega detonando o id. É isso aí que o povo chama de 'amadurecimento' (Síndrome de Peter Pan batendo forte aqui rs). Do mais puro e delicioso hedonismo, aprendemos, rapidamente, a julgar, censurar e a apontar. Nossos defeitos têm que ser perdoados, pois são nossos defeitos...E a individualidade dos outros? Pois é...

Se fossemos descomplicados como Sean naquela época, entenderíamos que as pessoas entram em nossas vidas sem pedir licença mesmo e, muitas vezes, vão embora sem dizer adeus...Na minha opinião, devemos só lembrar no que de bom cada uma delas deixou...Algumas não deixaram nada ou, ate mesmo, só tiraram? Que pena...O lance é pensar que, de uma forma ou outra, elas contribuíram para nossa evolução. Não? Então que se danem (tem gente que aparece só pra encher o saco mesmo hahaha).
 
Bem, esta foi uma das ‘minhas lições de 2010’. Não pensar mais no ‘como poderia ter sido’, pois....‘já foi’. Parar de cobrar ou tentar entender atitudes de quem gosto. Afinal, a decisão não está só em minhas mãos... 

Devo respeitar quem quis partir.... A parada é mudar o foco e agradecer pela existência dos queridos que permanecem. Os outros já foram...É possível que alguns queiram retornar. Se vou permitir? Provavelmente não. Sem mágoas. Assim como estas pessoas optaram pela partida, eu tenho o direito de não as querer de volta. Sem drama, simples assim ;)

NAMASTE

PS: Ah, eu também acho que as letras são amigas hehehe

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sir McCartney, you rock!!!

Complicadíssimo escrever sobre uma 'lenda viva'. Imaginei: “E agora, como 'passarei para o papel' tudo o que senti após ter assistido ao show da minha vida???” Confesso que até agora (quatro dias após o espetáculo), o efeito da endorfina subjetiva ainda não passou...Portanto, não esperem muito desta pobre escriba aqui rsrs.

Foi no dia 21 de novembro de 2010, que Paul McCartney marcou o cenário musical 'da terra da garoa' com sua primeira 'apresentação histórica' em Sampa (depois de 17 anos sem passar por nossas bandas). Com o estádio do Morumbi lotado, o ex-beatle subiu ao palco como se fosse um velho conhecido de todos. Esbanjando carisma, ele não se ateve aos clássicos “Oi, Brasil! Boa noite, São Paulo”, a figurinha tirou da manga de seu 'paletó azul' muitas outras frases em português. Ele tentou (e conseguiu) se comunicar com o público em nossa língua, levando a plateia ao delírio, é claro. Além de cantar, 'conversar', o showman brincou muito com o público. Fez graça com seus suspensórios e com todo seu 'charme desajeitado' (típico de um cidadão britânico), Mr McCartney ensaiou dancinhas e até uma 'reboladinha'. It was unpriceless, for sure!

Foram três horas de show praticamente ininterruptas. O inglês de Liverpool surpreendeu a todos com seu 'folego'. Porém, é inegável que o fator primordial durante todo o espetáculo foi a 'comoção' que despertou em cada um ali. Eu, por exemplo, achei bárbaro que o jeitinho de balançar a cabeça ao cantar, marca registrada de todos os integrantes da banda, ainda estivesse enraizado naquele 'senhor' de quase 70 anos...

Com uma 'setlist' impecável, Paul mesclou músicas de diferentes épocas, homenageando Linda, Lennon e Harrison. Vou dizer uma coisa...quando ele cantou “Something” (com 'passagens' de George no telão), não me contive. Foi lindo demais...

Tal sensação se repetiu em vários outros momentos. Com bexigas brancas nas mãos, a galera toda cantou unida: “All we are saying is give peace a chance”. Minutos de plena catarse. Durante aquele tempo, me pareceu que a palavra violencia havia sido retirada do dicionário.

Entre todas as sensações que me acompanharam durante o show, a mais engraçada (e nítida) delas foi a da que tudo 'era apenas um sonho'. “Não, não estou aqui...Não é possível que esteja assistindo ao show de um ex-beatle, ou melhor, do grande e incomparável Paul McCartney”. Louco é que todo mundo ali estava na mesma vibe...Nunca vi isso...Galera anestesiada, comovida e feliz por fazer parte daquele espetáculo.

“Hey Jude”, “Let it be” e, principalmente, “Yesterday” foram as canções que mais mexeram comigo. Contudo, devo ressaltar que sai da minha bolha ao presenciar meu pai cantando e dançando ao som de “Ob-la-di, Ob-la-da” . Cara, chorei. Não faço ideia do que tenha passado por sua cabeça....Só sei que foi demais vê-lo com aquela incrível alegria emocionada estampada em seu rosto.

Voltando...(rs): “Day Tripper” e “Helter Skelter” também fizeram o povo entrar em êxtase que, assim como eu, permaneceu neste estado quase catatônico do começo ao fim da noite.

Quem me conhece, sabe que sou totalmente avessa a endeusar artistas. Muito pelo contrário, sempre encarei (até os meus preferidos) como pessoas normais que possuem apenas um diferencial: o de realizar seus trabalhos publicamente. Nada além disso... Só que, meu...Paul é Paul...O cara, definitivamente, está 'acima' disso...

NAMASTE

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

"Meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem" (Rita Lee)

Não, beu abor...Não se atenha ao título, continuo gostando do sexo oposto...e sabe? Talvez este seja meu problema! rs.

Dou a cara à tapa, não fujo de nenhum tipo de situação e, muito menos, subestimo ou desconsidero quem quer que seja...Bem, até aí nada de absurdo, não? É o que geralmente se espera de um ser-humano digno. Porém, não é o que venho observado (e vivenciado) há um certo tempo...

Só pra variar, estou aqui questionando o comportamento masculino. Aliás, desta vez não tentarei entender atitudes, nem culpar 'a sociedade'. Acho (não, tenho certeza) que alguns tipinhos me cansaram...Baseando-me nos meus últimos três 'pretendentes', afirmo: “Quanta perda de tempo...Quanta ingenuidade de minha parte...Como fui burra...” Não, nada de pena de mim mesma, apenas constatações que já me servem como alertas gigantescos, em vermelho, posicionados em minha sirene mental: “Cuidado, maluco à vista”.

Estou indignada (esta realmente é a palavra) com a insensatez, imaturidade e problemas de caráter que os indivíduos mencionados acima mostraram 'possuir' (em doses cavalares).

Vamos por partes...

Pra não dizer que malandragem é coisa (só) de brasileiro, já cito, de cara, um cidadão oriundo de um país pra lá de 'polido'...Pois é, meu 'ex-inglês'. Após meses e meses da mais pura 'encheção de saco', esta pessoa quase me enlouqueceu com sua insistência e exageros...”I love you soooooooo much...” era a principal frase (wow) de efeito dele. O tal amor que gritava aos quatro ventos feneceu praticamente de uma semana para outra...Ele, simplesmente, cansou-se de esperar por minha ida a UK e após tantas declarações, apenas disse: “Você merece alguém melhor, assim como eu quero alguém diferente”. Pensando bem, foi a coisa mais inteligente q o inglesinho me falou em todo este tempo...Enfim, acabei indo para a Inglaterra uns meses depois e adivinha? O ser voltou, com carga total... Ligava-me cinco vezes ao dia, prometendo sempre 'o tal do amor eterno'. Todas estas 'palhaçadas' foram escutadas e totalmente descartadas com respostas nada gentis de minha parte. No entanto, ele venceu! A insistência ganhou a resistência...Ou seja, encontrei-me com ele. Fui dura e continuei 'na minha'. E ele lá...na base do: “Você é a mulher da minha vida, quero ter filhos contigo” (bla bla bla). Pra resumir, ele acabou me deixando totalmente confusa...Nosso último contato foi pelo tel. Eu chorando de um lado, ele do outro...Até que ele disse: “Por favor, dáling, não me julgue frio, mas é que eu tenho que dormir”. Como os britânicos são pontuais, não? :D. Ao notar a 'encrenca' em que estava 'se metendo', o que ele fez? Sumiu...Considerando que eu ainda ficaria um tempo em seu país, o fato de ele não ter me procurado soa estranho, não? Nem tanto...Foi egoísta, cafajeste e covarde...Não deu a cara à tapa...

A segunda espécie masculina com a qual me deparei foi em terras tupiniquins mesmo...Desde o principio... intensidade total! Acreditando ser um poeta verdadeiro e contestador (que não sabia nem o significado da palavra 'pejorativo', mas tudo bem!), a figura me ligava a todo momento, mandava torpedos, poesias (cof cof), músicas e vídeos 'apaixonados'. Qual era a 'máxima' dele? “Nascemos um para o outro”. Eu ainda o avisei: “Cuidado com o que diz...Não se empolgue tanto, segura a onda, as coisas não são bem assim...” Ele, obviamente, ofendeu-se. Pouco tempo se passou e, de um dia para o outro, tudo mudou...Cessaram os telefonemas, assim como as constantes declarações de amor. Ele sumiu...Foi egoísta, cafajeste e covarde...Não deu a cara à tapa...

O último foi certamente o mais hipócrita. Tudo o que “pregou”, converteu-se... O 'bom moço', que estava em busca de uma mulher 'maravilhosa' como eu...deixou a mascara cair rapidamente...Antes , no entanto, teve a ousadia de dizer, olhando nos meus olhos: “Carla, eu quero namorar contigo”. Após uma breve risada, enfatizou: “Não ria, estou falando sério, quero realmente namora-la. Jamais diria isso se não fosse verdade, pois estaria te chamando de trouxa, o que não faço com ninguém”. Bem, mudei de nome por um dia: “Prazer, me chamo trouxa”. Sim, ele fugiu. Foi egoísta, cafajeste e covarde...Não, também não deu a cara à tapa...

Olha, sinceramente não sei se tais pessoas me deixaram mais puta pelo excesso de mentiras ou pela tremenda falta de consideração posterior. Que lance é este de não assumir o que se faz? Não sei (e nem quero saber) com quem estes tipinhos estão acostumados, mas só posso dizer uma coisa...Não são homens (no real sentido do termo) e sim, falta caráter a todos...Desta vez, não vou colocar a culpa em minha ingenuidade ou no excesso de confiança em que deposito no ser humano. Afinal, são erros ínfimos comparados aos deles...Quando não há caráter, acho que fica até meio inútil tecer mais comentários...

Bem, só um adendo...É muito normal (e concebível) que as pessoas mudem de ideia...mas pelo amor...não alimentem seus próprios egos com afirmações incertas aos outros...ainda mais quando sentimentos estão 'em jogo'...Outra coisa...fugir é muito feio! Nossa, tenho horror a gente covarde. Não gostou? Abre o jogo, porra! Vira homem, meu filho!

Bem, uma coisa é fato: Estou totalmente FORA de pessoas 'intensas' demais...Quero tranquilidade, paz...Não no sentido monótono do termo, mas no coeso, sensato...Confesso também que, por enquanto, estou 'fechada pra balanço'. Amizades são extremamente bem-vindas, mas quem se interessar por mim de verdade terá que provar que é especial, mas isso só o tempo dirá.

Em filmes mais antigos, a citação: “Afinal, você é um homem ou um rato?” era usual. Se estes três idiotas fossem sinceros uma vez na vida, responderiam, em uníssono: “Somos ratos”.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O valor da PALAVRA

De acordo com o dicionário, ‘palavra’ significa “vocábulo provido de significação”. “De palavra” é alguém que cumpre o que promete (“pessoa de palavra”). Já em ambientes mais formais, “pede-se a palavra’. No plural, podemos abranger, utilizando “palavras vagas, discursos vãos”.

Pois é, nota-se claramente que tal termo denota sentidos expressivos, já que é um das bases da comunicação, como sabemos. No entanto, por que há tanta gente que faz ‘mau uso’ deste vocábulo?

Quase tudo que escrevemos/dizemos é relevante, pois qualquer tipo de declaração dá margem a diferentes interpretações. Porém, muitos subestimam o valor da mensagem. É por isso que há expressões do gênero: “Falei da boca pra fora”; “Pense duas vezes antes de falar” e afins.

O conceito de “pessoa de palavra” é evidente. Contudo, são pouquíssimos os indivíduos em quem depositamos confiança absoluta para utilizar tal expressão. Isso ocorre porque não é lá mto fácil distinguir alguém que fala a verdade de alguém que ‘brada’ discursos por impulso, hipocrisia, ignorância ou então somente por imaturidade mesmo.

É por essas e por outras que o valorizado “dou minha palavra” quase já perdeu seu mérito...Uma prova disso é a tendência que acordos sejam realizados por escrito. Atualmente, as pessoas se ‘previnem’ por meio de assinaturas. Todas as letras miúdas são 'minuciosamente esmiuçadas' e até mesmo se contrata um advogado para realizar o processo. Não estou criticando não, muito pelo contrário...rs.

Há uma questão ainda mais ‘complicada’ sobre o assunto: o "trato pessoal". Entre amigos e namorados não há documentos assinados, apenas mensagens trocadas. É aí que “tudo se perde” (ou não, claro).

O 'pobrema' é que muitos dizem “Eu te amo” como se estivessem falando: “Eu amo chocolate”. Geralmente são os mesmos que propagam “discursos em vão” e fazem “promessas vagas”‘. Tudo reflexo de uma sociedade sem consciência e sem memória... (É válido ressaltar que declarações podem ser também perigosas, pois convencem, manipulam...É, “todo cuidado é pouco”).

Enfim, como sabemos que o que foi dito/escrito por ‘gente querida’ é verdadeiro? Aí depende da percepção (se o ‘amigo’ tem caráter mesmo) e de outro ponto pertinente: as expectativas que geramos em relação aos outros. Como já comentado, tudo depende da ‘interpretação’. Quando há envolvimento emocional, fatos deixam de ser fatos, pois cada um os enxerga de acordo com ‘sua verdade’...E qual é a “verdade verdadeira”? Já não existe mais.

Quem nunca se perguntou: “Será que devo acreditar no que ele (ela) diz?” /"Será que ele (ela) não está se utilizando de expressões fortes só para alimentar o próprio ego?/"Será que ele (ela) não é um p* de um (a) sacana? Sinceramente? Não sei também...

Uma coisa é certa: “Quem fala muito, escuta pouco” e quem não sabe ouvir não entende o que passa a sua volta, torna-se egoísta e, em muitos casos, cria um mundo fantasioso, no qual, várias vezes, sente-se injustiçado pelos ‘seres reais’.

Por isso afirmo que, se pudesse, registraria esta citação (que não é minha, btw) em cartório: “A palavra é de prata e o silêncio é de ouro”.

E é isso...Meu Senhor, 4h30 da manhã e eu aqui! Uma ótima semana a todos, repleta de paz e de "declarações agradáveis e verdadeiras” ;) (Afff, que coisa mais cartãodenatal, né não? :S)

NAMASTE

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A PAZ QUE EU QUERO (E PRECISO) TER

Buzina, transito, eternos faróis fechados, pressão no trabalho, cobranças indiretas dos amigos, relacionamentos amorosos em foco. Vivemos ‘sob pressão’ constante e nos acostumamos a ela...Afinal, para sobreviver, temos que nos adaptar ao meio em que vivemos, não? Bem, pelo menos foi o que Darwin pregou...

Pois é, tudo isso a custa de quê (ou de quem)? De nossa saúde física e mental, no mínimo. O estresse toma conta, vai minando nossa sanidade e nós ficamos de braços cruzados, já que ‘a vida é assim mesmo’. Só que corpo e alma padecem...

Confesso que dizer ‘não’ é uma tarefa difícil pra mim. Foi por isso que prolonguei amizades e relacionamentos amorosos que deveriam ser ‘cortados’ no primeiro sinal de desrespeito. Aguentei grossuras, fechei os olhos para comportamentos descabidos (entre outras coisas) pra quê? “Porque não vale a pena se estressar, não revide, não ligue...” – foi assim que fui criada, numa espécie de cultura de ‘submissão’, em troca de uma falsa tranquilidade...

No entanto agora penso ‘diferente’. Uma canção do Marcelo Yuka reflete muito bem meu ‘conceito atual’: “A minha alma tá armada e apontada para a cara do sossego...pois paz sem voz, paz sem voz não é paz é medo!”

Tal medo pode ser observado de várias formas...por uma contínua “deglutição de sapos” (sob disfarce de calma), pela aceitação de imposições absurdas e por reclamações ininterruptas...

De tempos em tempos, sinto vontade de me isolar, com o intuito de encontrar, descobrir a tão famosa ‘paz interior’. Porém, vivemos em sociedade, e apesar de curtir ficar sozinha, tenho que encontrar este ‘estado de espírito’ em meio ao caos.

Cobranças e pressão não cessam, mas posso/preciso aprender a lidar com elas para não ter insônia, não exagerar na comida (ou o contrário, não comer nada) ou ficar angustiada sem motivo aparente.

Hoje entrei pela primeira vez em uma igreja messiânica e recebi meu primeiro Johrei, palavra composta de dois ideogramas: 浄 "Joh" (purificar) e 霊 "Rei" (espírito). A tal “Purificação da Alma” pode ser considerada, por muitos, um ‘tipo de religião’, mas como tem com base o Budismo, na minha opinião é mais uma filosofia de vida. Pensar no semelhante, ajuda-lo e estar feliz consigo mesmo 'espelha' um pouco o que o Johrei prega. Entretanto, ajudar quem está em nossa volta não significa dizer ‘amém’ pra tudo.

Também voltei a meditar. Até iniciarei um curso em breve, pois minha tranquilidade é so fachada em algumas ocasiões. Fui doutrinada por minha mãe a ‘nao ter mágoas, praticar o perdão etc e tal’. Tudo muito lindo na teoria...Porém, hoje sei que ‘a paz que quero ter’ não deve ter tais conceitos como ‘alicerce’ somente. O principal a fazer é me perdoar. A segunda etapa é impor limites, senão o mundo me engole (como já engoliu tantas vezes).

“Paz sem voz não é paz, é medo”. Medo do que? De não ser compreendida? De não ser aceita? De não ferir os sentimentos alheios? Para, né? Se precisar gritar para ser ouvida, eu berro...Caso neguinho não curta, I am so sorry...Cansei de ser terapeuta indireta e de reclamar sobre isso...

O meu ponto de vista em relação ao mundo só irá mudar quando eu agir de forma diferente. Não posso esperar nada de ninguém, a não ser de mim mesma... As pessoas não irão se ‘transformar’, continuarei cercada por hipocrisia...mas só atingirei o meu sossego se não for hipócrita comigo mesma.

Estou sim em busca da paz, mas de uma paz consciente, não daquela que me ‘obrigue’ a ceder, mas ‘daquela’ que permita que eu me doe de maneira inconsciente.

Ceder possui a carga de ‘obrigação’, doar-se é sabedoria.

NAMASTE

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Em defesa dos caras "bonzinhos"

É duro, mas é fato...Tive que colocar bonzinhos entre as aspas porque o termo me soa um tanto quanto pejorativo...

Em uma sociedade machista e 'malandra' como a nossa, ser um cara "bonzinho" muitas vezes remete ao conceito de 'sem iniciativa' (entre tantos outros...).

Há pouco tempo, li umas observações de um psicanalista bem famoso na mídia. Ele afirma que os 'bonzinhos' têm inveja dos cafajestes porque são estes que atraem as mulheres...E por quê? Porque tais figurinhas 'encantam' as mulheres como serpente...Dizem o que elas querem ouvir, massageiam o ego, além de enganar muito bem com um falso romantismo. Ah, a mulherada se derrete toda...e os "bonzinhos" são meio que esquecidos, 'deixados de lado'...Pobrecitos...rs

Na verdade, eu não sei se o que rola é realmente inveja...Talvez seja mais um sentimento de injustiça. Afinal, 'quem não quer nada com nada consegue'...e 'quem quer fica a ver navios'? Nada justo at all...

Não posso negar que antes de cairem as máscaras dos 'cafas', eles são interessantes...Sabem seduzir, sim...Porém, depois do 'bote', geralmente, somem ou ficam, vamos dizer, bem mais 'inacessíveis'. E a mulherada? Choooooora...Salvando raras exceções, posso dizer: chora pq é burra! Depois que ficou mais do que óbvio que o 'cara perfeito' nada é mais do que um tremendo enrolador, que tal reconhecer que não foi 'esperta' o suficiente para não notar o que estava acontecendo? Homens 'sérios' não dizem 'eu te amo' no primeiro encontro...Muitos menos insistem em transar logo de cara pq 'para iniciar um relacionamento é necessário que se conheçam melhor'. Se você ainda cai nessa, I am so sorry...mas vc carece de inteligência! OK, já fui burra também e talvez haja resquícios, mas creio que já esteja meio 'vacinada'.

A questão é que nossa sociedade é hipócrita também. Se um cara chegar e te disser: 'não to a fim de um relacionamento sério, só quero te comer', você irá xingá-lo e ficará indignada, ou estou errada? Bom, que isso é uma tremenda falta de respeito, eu concordo em gênero, número e grau...mas não seria muito mais honesto que o jogo fosse aberto logo de cara? Acho que assim muitas moçoilas sofreriam menos, pq não gerariam expectativas...

Pois então, acho que muita mulher gosta de cafajestes mesmo. Isso acontece por alguns motivos, mas o principal é: masoquismo! Ter alguma esperança que este tipo vai mudar é muita ingenuidade...e iniciar um relacionamento...afff...melhor nem comentar!

Poucas vezes dá certo...digo poucas mesmo...Nunca vi uma amiga começar a sair com um cafa e o cara se apaixonar loucamente e virar 'gente'. Acontece, mas é raro...Acho que é mais lance de filme ou então...de série...Em "Sex and the City" isso rola...Carrie (Sarah Jessica Parker) se envolve com Mr.Big (Cris Noth) [spoiler] e fica totalmente encantada. OK, ele é bonitão, rico, charmoso, mas...deixa a mulher plantada no altar no dia do casamento. Ela sofre, sofre...Só que quem Carrie já havia deixado pra trás? Aidan (John Corbett). Meu, se existe um "Mr.Right", este é o cara! Bonito, sensível, inteligente, bem-humorado e cheio de valores (não o subestime, ele sabe o que quer e é bem assertivo). Romântico sem ser meloso, mas...pra que conviver com um ser perfeito assim, né? Então ela perdoa o Mr.Big-entraemcrise- viaja e encontra quem? Aidan. Fica com ele por puro teste de ego...Depois volta para os braços de Mr.Big...que, a esta altura, já é em cafa recuperado [/spoiler]. Não estou entrando no mérito de que não se força 'o gostar', mas que se deve investir no que é mais promissor, ah...isso sem dúvidas...

Mr Big e Aidan

Voltando...Outro motivo do desinteresse pelos 'bonzinhos' é que eles, geralmente, não nos 'desafiam'. Falta mistério e, principalmente, iniciativa. Infelizmente é verdade...Uma boa parte da categoria age (ou melhor, não age) assim. Assim, o pensamento que fica é: "Poxa, se não me procura, é sinal de que não está interessado". Bueno, pra início de conversa, não acho que o homem deva procurar sempre...mas ficar na 'dele' o tempo todo é broxante...ainda mais hoje em dia, cujo lema de muitas é: "A fila tem que andar".

Porém, devo ressaltar que tenho amigos que são considerados 'bonzinhos' pelo gênero feminino e que não fazem parte do esquema pre-estabelecido...São cavalheiros, ligam, convidam para programas interessantes, mas só (des)encontram mulheres indecisas ou que aindanaoseesqueceramdoexcafa. Então, o bonzinho até tenta ser cafa, mas isso não faz parte da índole dele, daí ele se  machuca ao perceber que machucou alguém...Contudo, não volta a ser como era...Passa a ser 'na dele', o que remete à falta de interesse...Enfim, um belo de um ciclo vicioso.

Por isso levanto minha bandeira: "Caras legais (não direi mais 'bonzinhos'), não desistam! Mostrem-se interessados...e sejam espertos pra saber com quem estão lidando...

Mulher que gosta de sofrer é burra. Cafajeste é brega. E cara legal não pode se esconder, não. Iniciativa rocks! rs.

Só pra fazer um 'adendo'...há muitas mulheres 'cafa' também...Só que daí o 'joguinho' é meio diferente...e muitos homens caem como 'patinhos'.

Olho vivo, minha gente!

NAMASTE

PS: Desculpem pela repetição e pelos erros...São mais de 7h da matina e eu ainda não dormi :S

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

AMOR À DISTÂNCIA

Pode parando! Não é comigo o lance. Já namorei muito à distância e estou mais do que "ciente" de que não funciona. Well, tratando-se de mim e relacionamentos, tal argumento pode ser questionado. That's for sure! rs.

"Amor à Distância" é uma película recém-lançada nos cinemas que exorciza o preconceito em relação às comédias românticas. Sim, a história é previsível e o tema também não é dos mais criativos, mas o filme é tão bem montado e o roteiro tão redondinho que fica meio difícil torcer o nariz ao assisti-lo.

Pra começar que a química entre o casal protagonista é fantástica. Drew Barrymore e Justin Long estão excelentes na fita, talentos indiscutíveis. Confesso que esperava por um "dramalhão", pois o nome do longa já sugere conflitos. No entanto, fiquei surpresa com o humor ágil e constante.

                           
Apesar de parecer óbvia, a obra apresenta situações inusitadas, acompanhadas por uma trilha sonora extremamente pertinente.
Não posso negar que em determinada parte do filme, rola mesmo uma novelinha mexicana. Afinal, "manter um namoro semi-presencial" não é fácil. É aí que surgem aquelas ceninhas de reflexão, saudades, ciúmes...mas que logo são substituídas por outras, de bom-humor implacável.

A direção também merece um super crédito. Apesar de despretensioso, o script é muito bem feito. O movimento de câmeras também é interessante, produzido por uma edição muito bem orientada. Tudo realizado de forma sutil, é aí que 'mora a pegada'.

É por isso que "Amor à Distância" encanta. Você chega ao cinema e pensa: "Lá vem mais uma comédia romântica melosa". Contudo, devido ao formato diferenciado da película, já no início a ideia pré-concebida muda. É evidente que não estou falando de uma mega-produção merecedora de Oscar (meio óbvio rs), mas que, sem dúvida, merece ser assistida. No mínimo, seu astral vai melhorar.

Vale o preço do ingresso.

*Curiosidade: o casal protagonista já namorou na vida real...e há rumores de que já rolou reconciliação...

NAMASTE

sábado, 11 de setembro de 2010

11/09 - BLACKOUT

Nem liguei a TV ainda porque sei que "hoje é dia". Obviamente todos sabem a que me refiro: September 11th, Twin Towers. Sim, o atentado que "abalou o mundo". E não...meu intuito não é escrever sobre o 'evento' de maneira racional, debatendo questões políticas ou esmiuçando fatos já extremamente detalhados, tantas vezes, por tanta gente... Gostaria apenas de "dividir" minha impressão sobre um assunto que parece totalmente 'desconectado' ao citado acima, que é: "como o cérebro pode nos manipular". Confuso? Pois deixe-me explicar melhor...

New York. Onze de setembro de 2001. Pessoas correndo nas ruas, o metrô em "sinal de alerta", e eu, naquela data e local, apenas preocupada em ir ao colégio, pois o relógio não é lá muito amigo, já que sempre estou atrasada...

Sem TV e sem o hábito de escutar rádio de manhã, observei que tudo estava muito estranho...mas tentei seguir para o meu destino. Foi quando notei a 'muvuca generalizada'. Um tanto quanto confusa, acabei entrando em uma farmácia. Lá a TV estava ligada.

A partir de então comecei a prestar atenção em uma jornalista, visivelmente abalada, que comentava sobre o 'ocorrido' com as Torres Gêmeas. Praticamente chorando, a profissional transmitia o que se passava naquele momento: "Pessoas não param de se jogar do prédio. O que está acontecendo é uma tragédia que ninguém jamais imaginou" (último comentário um tanto quanto 'questionável', mas não estou aqui pra isso).

Como não 'funciono' bem pela manhã e, pra completar, havia dormido mal, foi a partir daí que comecei a 'ligar os fatos' e resolvi voltar para a residência estudantil, em busca de mais informações e também temendo por minha segurança, é claro.

Chegando lá, dei "de cara" com minha roommate, que chorava muito. Aos poucos, ela conseguiu me contar o que estava rolando. Sentimentos estranhos começaram a tomar conta de mim. Uma 'surtada leve e momentânea" foi o primeiro. Afinal, ninguém sabia ao certo o que estava acontecendo... e as especulações eram as mais diversas. Tentei me manter positiva e, até então, a palavra "atentado" ainda me soava exagerada. Foi quando percebi que não podia telefonar, nem ter acesso à Internet; sem contar no esgotamento visual e mental da figura do Bush... Depois? Blackout.

Não consigo me lembrar de quase mais nada. Meu cérebro pifou. Sentia-me como um zumbi obedecendo ordens, do tipo: "Todos desçam do prédio pq há uma ameaça de bomba". Fiz isso duas vezes, anestesiada.

Uma sensação de impotência tomou conta de mim. O que poderia fazer? Deveria continuar lá ou voltar? Impossível me recordar dos detalhes. Só consigo visualizar muito bem o desespero de minha roommate, que achava que estavámos a uma passo da 'terceira guerra'. Tentei acalmá-la, em vão...já q ela tinha surtado. Eu também tinha, mas sentia que estava "fora do meu corpo", observando tudo de longe...Palpitações, mãos tremendo, um cigarro após o outro e "remédios pra dormir pra me manter acordar" são minhas recordações 'físicas'.

Após o atentado, fiquei mais uma semana em NY (porque os aeroportos estavam super lotados, assim como as passagens para o Brasil não estavam sendo fáceis de adquirir). Sei que muita coisa aconteceu neste meio tempo, mas...blackout. Meu cérebro realmente parou e só agiu de forma robotizada Até meus sentimentos se tornaram "condicionados", já q a menina que estava comigo precisava de uma pessoa "aparentemente calma" a seu lado.

Enfim conseguimos passagens. A viagem de volta é ainda um grande X para mim. De nada me lembro. Sim, meu cérebro havia me manipulado. Talvez se não tivesse feito isso, eu teria arrancado todos meus cabelos ou então teria tomado tantos remédios que, provavelmente, não estaria "apta" a escrever neste momento, sendo bem eufemista.

Ficar away é uma parada estranha...assim como ter consciência de estar 'meio inconsciente', sei lá...

O fato é que depois de tudo isso, assumi a posição: "Jamais voltarei a NY". Em minha concepção, o lugar em que havia me divertido tanto, conhecido tanta gente, me apaixonado (mais de uma vez, btw rs) nunca mais seria o mesmo.

Agora penso de forma diferente...Tirando todos os contras de morar em uma cidade como New York, posso afirmar, veementemente, que em um 'piscar de olhos' estaria lá novamente. Sou apaixonada por esta metrópole. Saudades incomensuráveis da Broadway, da Fifth Avenue, do Central Park, da frivolidade, do touro de Wall Street e, é claro, do WTC (onde rolavam festas incríveis pra brasileiros, todas as quartas)...

Não é à toa que meu seriado preferido seja "Sex and the City". A 'loucura' de Carrie Bradshaw por Manhattan é totalmente understandable pra mim, condenando-me a questionar sobre minha outra paixão: Londres. Não sei dizer em que lugar me "encaixo" mais. Bem, se me perguntar agora (me refiro a este exato momento), a resposta é mais do óbvia...

"Start spreading the news..."

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O que será que vem depois?

É engraçado como muita gente confunde 'sinceridade' com grosseria. Simplesmente não há mais 'tato no trato' pessoal. O cinismo utilizado em tom satírico e amargo vem sendo cada dia mais aplaudido...e por um público que deveria vaia-lo...

Após algumas conversas e leituras (principalmente de blogs), percebo que o machismo impera escancaradamente. Pior, observo que grande parte das mulheres concorda e 'assina em baixo'.

Há alguns espertinhos que, querendo se vangloriar por suas conquistas, expoem suas 'aventuras', ridicularizando muitas fêmeas (sim, este termo é bem 'cabível' para este caso). A abordagem geralmente gira em torno das 'expectativas femininas', sempre em tom de deboche, é claro. Segundo alguns, 'a mulherada não entende quando a gente só quer comer elas" (sic). "Ficam esperando que liguemos no dia seguinte e, mesmo não fazendo isso,  elas acabam mandando um torpedinho, do tipo: 'só para saber como vc está'. Isso tudo recheado a gargalhadas e a denominações nada lisonjeiras às mulheres.

Além da falta de discernimento e de respeito, tais pessoas não tem a mais remota consciencia de que o sexo feminino pensa e que, geralmente, saca o que está rolando. Isto é, muita mulher dá porque tá com vontade, do mesmo modo que mocinhos querem 'comer' sem compromisso.

Aliado a isso, há um fator essencial que dá pra notar bem em caras que escrevem tais coisas...Cadê a empatia? Quer dizer que 'comeu' e pronto? Não podem mais ter contato com a "comida" por que ela pode 'engasgar', é isso? Amizade no way? Sim, porque transar é um ato totalmente mecanico, de acordo com as figuras, 'robotizado', pelo visto. OK, cada um pensa como pode...e fala a m* que quiser, mas ultrapassa o limite da minha compreensão que existam tantas mulheres concordando com a estereotipação e dizendo: "É isso aí, até que enfim os homens estão sendo sinceros". Peraí, sinceridade pra mim é outro coisa...Isto é, a submissão feminina continua, só que mascarada como 'atitude moderna'. Afinal, 'machos' que vomitam coisas tão sublimes em relação a sexo e envolvimento devem ser ovacionados pq estão sendo sinceros! Não importa que tal honestidade seja dita de forma 'podre', o lance é rir e concordar.

Eu sou uma pessoa um tanto quanto direta (quem me conhece, sabe). Desta forma, quero deixar claro (como já o fiz tantas outras vezes) que não suporto joguinhos, covardia e, é claro, mentiras. Porém, estou muuuuuuuito longe de apoiar estes seres com 'atitude', que dizem como mulher é tapada e que sempre "confunde tudo". Come on!

Generalização é sempre burra. Não, os homens não são todos iguais, assim como as mulheres tb não são...Além disso, na minha modesta opinião, caras que ditam regrinhas sobre como o sexo oposto deve agir ou não, possuem uma dificuldade tremenda em se relacionar, pelo fato de já terem sofrido quando se envolveram. Até aí, normal...isso já aconteceu com todo mundo...Agora, faz parte da vida também 'evoluir'. Ou seja, escrever e agir como babaca é coisa de...babaca! Figuras que se escodem por pseudonimos e que acham que abafam com seu manual sobre o sexo frágil é osso... Sabe o pior? Em um ponto 'eles' estão certos...tão abafando mesmo, já que as mulheres, ao invés de se sentirem subestimadas, acham tudo 'super legal', porque querem ser aceitas...

Gente, acorda!!! O ser humano nasceu para se relacionar. Respeito quem opta por ficar sozinho. O lance é que a galera tá pregando que se envolver nunca é bom...Que 'modernidade' tosca! E não, não sou feminista, tampouco "antiquada", só que respeito ao próximo é essencial...Acho eu, né? Porque, pelo visto, daqui a pouco esta palavra não será mais encontrada nem em dicionário...já que o conceito anda tão em 'desuso'....

Tudo parece 8 ou 80...Se antes as mulheres queimavam sutiãs em sinal de protesto, hoje elas tiram suas calcinhas para 'caras cool' que chamam de sinceridade o ato de vulgarizar aquelas que 'comem'. É, irmão, não tá fácil não...Para ninguem se mostrar vulneravel, a parada agora é esta. O que será que vem depois?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

PARA TUDO!

É isso aí... Para tudo que eu quero descer! Onde? Não me pergunte, só sei que por aqui não quero ficar mais. Tá cada vez mais difícil aguentar certas coisas. O cotidiano mata qualquer um, mas não a mim... Sei mudá-lo, sei como viver de acordo, mas este mundo, cara, aliás, o ser humano é que me mata...Sinto-me fenecer aos poucos...Sinto que a minha vontade (até de reclamar) está sumindo...pois é sempre o mesmo ‘lero-lero’.

Apesar de já ter feito muito para tentar compreender o preestabelecido, ao aceitar e deglutir toda esta parafernália (ocupando meu papel neste teatrinho repleto de fantoches fanfarrões), tudo me parece mto difícil, porque, simplesmente sou uma chata que gostaria de viver e respirar em uma realidade menos assustadora.

A falsidade reina no meu mundo a todo o momento. Quando paro e penso: "OK, a vida é assim mesmo, um jogo de interesses, do qual faço parte e tenho que aprender a jogar"; percebo que o buraco é muito mais embaixo... A questão ultrapassou o mero ‘fazer parte do jogo’, pq o esquema tá sendo neguinho pisar em outro pelo prazer de pisar e, infelizmente, quase ninguém se assusta mais com isso...

As pessoas não querem se comprometer onde a superficialidade reina. O botão do "f*se eu for magoá-lo(la)” parece que foi ligado por todos ao mesmo tempo... e o pior é: ninguém tá o desligando...

Tudo isso me preocupa muito, cara... pq lances que eu costumava ver na TV rolam do meu lado com certa frequencia, entre "amigos", na minha própria família...O absurdo já se tornou aceitável. Pensa-se só em dinheiro. Procura-se quando precisa. Ninguém mais quer se envolver, tampouco 'tomar partido'. Muita gente acredita que olhar pra fora é só ‘pegar mais um pepino’. Assim, finge-se que nada acontece, pq tomar uma atitude dá um trabalhão... Cansa, ne? Afinal, quando se trabalha o dia inteiro sem prazer, o óbvio é que haja acomodação. Todos querem ficar em suas bolhas... Lá, há sexo sem compromisso, eternos ‘euteamos’ da boca pra fora, amigos pra balada e muita grana a ser adquirida. So... pra que se mover ou olhar para o lado?

O problema fica feio quando uma bolha estoura... Neguinho entra em parafuso, solto por aí...em um mar de bolhas impenetráveis. Ninguém o chama para pra entrar e sentar... Aliás, ninguém o vê...por mais que ele acene ou berre...

E agora eu perdi o “fio” desta p* toda pq a minha conexão fez questão de cair e não voltar mais. Deu só tempo de salvar minha lenga-lenga aqui no Word pra postar sabeladeus qdo.

Enfim, se antes achava que havia nascido na época errada, agora tenho certeza de caí em um mundo medonho, onde as pessoas só se guiam por meio de GPS.

Para chamar (e encontrar) um pouco minha paz, digo NAMASTE!

domingo, 25 de julho de 2010

Sinal de Vida

Realmente é sinal de vida! rs. Desde minha operação não escrevo...o que já ira completar um mês. Caraca, que tempo maluco é este que passa cada vez mais rápido e me deixa louca?! rs

Enfim, o fato é que só agora posso dizer que estou legal. Não 100%, mas bem. A cirurgia em si foi sossegada...mas o 'pós' ainda está sendo punk...Btw, pra quem não sabe, eu operei minha 'hernia de hiato' (para descobrir o que é, indico: http://www.google.com/ rs). Leigamente dizendo, meu esofago está mais 'apertado'. Consequencia? Tenho que comer tudo mto bem mastigado e de forma lenta. Pra quem faz tudo 'correndo' (menos me arrumar), o processo foi (e ainda está sendo)  incomodo...

No começo, era dificil lembrar que um simples gole d'agua deveria ser deglutido de um jeito 'suave'...Conclusão? Engasguei mtooooooo...Depois que passei pra alimentação mais sólida (sim, igual bebê)...o lance complicou ainda mais...já que, em muitas ocasioes, a comida ficou parada no meio do esofago. Delícia, né? rs.

Agora, após muita gelatina, gelatina, sopa, purê, gelatina e purê, estou 'introduzindo' alimentos com mais 'sutança' (sic), mas tudo mto devagar...o que quase não me irrita rs.

Coisas que só a genética (e uma alimentação não mto saudável durante um certo tempo) trazem pra vc!

O importante é que estou melhorando, mas, na boa...que saudades de tomar uma bela coca-cola gelada (um dos ultimos itens que poderei incluir em minha dieta) e de ir em uma churrascaria (só daqui 6, opa...5 meses).

Paciência, Carla, paciencia...rs

Na verdade passei aqui só para dar um 'oi' hehehe. Tenho muitas impressões a serem escritas...E vou deixar este papinho de 'papinha' pra lá, não se preocupem (sei que isso é chato pra dedéu hehe).

Um ótimo final de domingo (será q existe isso?) e uma excelente semana pra todos!

NAMASTE

domingo, 27 de junho de 2010

Você é confiável?

Na real? Nem estou muito a fim de escrever. O motivo? Porque além dos meus posts parecerem (ou serem?) repetitivos sobre o assunto que irei (novamente) abordar, aquela "sensação" (que estava escondidinha, só meio com vergonha de ratificar o 'já sabido') voltou...

Pois é,  mais uma vez estou muito confusa em relacão ao papel do ser humano na Terra (ai ai, esta foi exagerada rs). Bato novamente na mesma tecla ao afirmar: o número de pessoas confiáveis a minha volta está cada vez menor. E isso é chato, cara! Mais do que eu reclamando! rs.

Bem, diferente das outras vezes, não me sinto machucada, aliás, estou até numas de me conformar de fato. Só que acho uma pena...acho mesmo! 

Gostaria de ser menos perceptiva, de conseguir não dar ouvidos...mas...meu 'Tao' é esse aí...Eu me importo! Tudo bem, acabei de escrever que to com um pé no 'niilismo' (por falta de melhor definiçao), mas o outro ainda esta no campo da emoçao, não da piegas, mas do da rebeldia controlada. To numas de "tentar não ver para não crer e, assim, não sofrer", mas, eu vejo...rs.

Todos que me conhecem um pouco sabem que não suporto malandragem (tem gente q não liga...), que acho que o brasileiro (generalizando, obvio) ultrapassou o limite real deste conceito, passando de 'malandro' pra 'safado'. No entanto, é fácil reconhecer este tipo. Antes eu sofria por criaturas assim, hoje meu contato é minimo e, geralmente, obrigatório.

Enfim, o que tá pegando (e me tornando descrente realmente) é perceber que muita gente que considerava 'acima de qq suspeita' é hipócrita. OK, primeiro erro, ninguem pode ser colocado em uma posição assim, é mta pressão...mas sei la, sempre há pessoas em nossas vidas que admiramos pela integridade, né não? Pois entao, em questão de pouco mais de uma semana, duas delas me mostraram que "esta tal integridade nunca existiu". Desculpa, sei que meu dever é não criar expectativas etc etc...mas estou decepcionada com indivíduos pelos quais levei anos para construir uma gde admiração...e isso é f*. 

Daí eu pergunto: o que fazer quando nota que foi fã de um hipócrita? Bem, após breve análise de minha lucidez e de que tais pessoas agiam com coerencia, penso em me martirizar rs. Brincadeira, claro, afinal, (ainda) acho que devemos crer nas pessoas, apesar de estar cada dia mais afastada desta ideia...Porém, questiono-me sobre o que fazer quando tenho provas de que cidadãos inquestionávies são falsos...piores que os tais malandros q citei...OK, castelinhos de areia desfeitos, mas poxa...punk, não?

Olho em minha volta agora e já não sei mais...Seria mais inteligente manter apenas relações superficiais com TODOS? Isso, todos em caixa alta mesmo. Para mim, uma mulher tão intensa, que sempre odiou este tipo de relacionamento, será difícil, mas, de repente, é este o caminho...Baixar a bola e ter uma vida morna.

Bem, deixo um abraço a todos e aproveito para dizer que talvez demore um pouquinho para postar novamente (como se escrevesse todos os dias hehee). Terça vou me operar. Nada sério, mas o pós-cirurgico será chatinho...Bom, vamos ver como as coisas caminham...Wish me luck! ;)

NAMASTE

sábado, 12 de junho de 2010

Misturas confusas e significativas...

O mais difícil quando se escreve é começar, principalmente quando a inspiração não anda em alta (apesar de ter motivos para isso); e quando há uma mescla de acontecimentos relevantes muito diferentes para descrever e compartilhar. É isso o que tá rolando com a pessoa aqui...rs.

Escrever profissionalmente é bem mais ‘sossegado’ na minha opinião...Talvez seja devido à falta de vínculo emocional. Hum... emocional não seria a palavra certa, já que há um tipo de laço parecido com meus escritos de trabalho, sim (que vão além da preocupação técnica- como a qualidade do texto, da mensagem passada...Enfim, há um comprometimento além do racional).

O que quero dizer é que além de não me sentir ‘obrigada’ (obvio rs) a escrever neste blog, nem de estar preocupada com a parte técnica, sinto-me um pouco no ‘dever’ de tentar contar tudo (ou pelo menos quase rs) do que me é fundamental de maneira factual, sem deixar de lado a carga de sentimentos e impressões pessoais sobre os acontecimentos. Bem paradoxal, não? rs. Enfim, o lance é que nos últimos quinze dias rolaram váras coisas significativas e 'diversas' em minha vida. Agora percebo que deveria ter escrito mais post porque, no momento, todos meus arquivos mentais estão misturados... Afff, q confusão (e exagero), né não? rs.

Bem, já faz algum tempinho que cheguei de Londres, mas ainda estou na fase do ‘apego’. Sei disso pq me parece quase impossível ‘arrumar’ minhas fotos e até mesmo as coisas q comprei. Normal. Fase. Passa.

Minha última semana em U.K infelizmente não foi ‘a melhor’. Vários fatores 'colaboraram' para isso, já que foi qdo me mudei (para um hotel horrível btw), distanciei-me das pessoas com quem tinha contato diário, além de ter sido o período em que conheci o ‘lado negro’ dos ingleses rs. É claro que estava prevenida (razoavelmente rs) para tudo isso (e com o botão do f* devidamente ligado), só que o inesperado aconteceu: fiquei doente. Meu, este tipo de coisa ferra o ser humano que está com os passeios milimetricamente planejados! Porém, mesmo com febre e tudo, fui a maior parte dos lugares em que gostaria e, de quebra, assisti a mais um espetáculo (Chicago). Aproveitei os últimos dias, mas to com aquela sensação de que ‘poderia ter curtido mais’. Bem...acho q isso ocorre com todos que viajam...até pq já aconteceu comigo inúmeras vezes...rs...Anyway, Londres ainda não foi descoberta por mim. Há mtos locais para visitar ainda. Sobre as pessoas? Acredito que (em doses homeopáticas) conheci ‘os dois lados da libra’. Isto é, tive o imenso prazer de estar em contato com seres extremamente gentis, atenciosos e adoráveis; assim como com outros um tanto qto decepcionantes (os gélidos ingleses que variam sua ‘polidez’ de acordo com o número de notas que vc abana). Pois é, cada lugar com suas características...Londres é linda, lá o “sistema funciona”, mas, pra ficar ‘de vez’ é aconselhável estar ao redor de pessoas que ama, pq não se consegue ‘calor humano’ tão fácil como aqui não...

Engraçado...muita gente me perguntou sobre os pubs, a vida noturna...Sim, eu fui a alguns, são bem interessantes, curti, mas não cheguei a ir a nenhuma badada-cara-da-moda. Uma porque não tive vontade, outra porque meus objetivos eram outros...Assistir a dois espetáculos já me deixou bem feliz. Em relação aos 'points' londrinos...putz...fui turistona mesmo...e valeu a pena. Infelizmente, não visitei tantos museus como gostaria, faltou tempo realmente...

Olha, para quem frequentou uma escola (e levou a serio), estudou, passou três dias fora (em Liverpool e Manchester), ficou doente, entre ‘outras cositas más’, assimilo agora de fato o que rolou: aproveitei e curti sim! rs. Conclusão: esta viagem será inesquecível certamente...(Estranho como às vezes preciso colocar 'no papel' certas coisas pra poder 'me entender' rs- terapia gratuita e rápida hehehe).

Bom, voltar é aquela coisa, né? rs. Quem gosta de rotina? Contudo, estava com saudade da minha família, dos meus amigos, do meu cachorrinho, do meu quarto, do meu chuveiro...rs...Os primeiros dias foram preguiçosos (até porque ainda estava doente e sem voz), depois bem corridos...(cada dia saindo com um amigo e/ou grupo de). Entre estes dias mais agitados, houve um encontro ‘meio inesperado’. Mexeu comigo. Situação um pouquinho complicada, mas...apesar de cá estar sem expectativas, repito: mexeu comigo. “Como eu só quero saber do que pode dar certo”, estou tranquila...até pq, aparentemente, há outras pessoas interessantes interessadas (rs). No entanto, é óbvio que umas são mais especiais que outras...Ah, não estou dizendo que há uma fila de homens atrás de mim, ok? rs.

E agora estou no início de uma fase chatinha...que é a de fazer exames pré-operatórios...Pois é, mais uma cirurgia por aí...dia 29 já...Vamo q vamo, né?

“Só quero saber do que pode dar certo...não tenho tempo a perder” – Tiiii...tãs!

E hoje é "Dia dos Namorados". Vamos ver o que rola e, SE rola ;)

NAMASTE

PS: Provavelmente este post irá aparecer no Facebook somente daqui uns dez dias, ou mais...rs...Bem, de repente seria interessante ‘desvincular’ meu blog a ele...Vamos ver se me lembro!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

NOTA RAPIDA

Se eh nota so poderia ser rapida, ne? Dar.

E eh rapida pq estou em cyber cafe. Alem disso, preciso de um pouco mais de tempo para assimilar alguns acontecimentos e impressoes para relatar aqui.

O fato eh: estou partindo, ou melhor, voltando. Como disse uma amiga ha pouco: "Viajar eh bom, mas voltar pra casa tb eh". Concordo! Saudades de tudo e de todos...

Londres me impressionou, gostei muito. Porem, creio que meu proximo destino seja Espanha, ou Italia, talvez...Well, antes terei que trabalhar um pouquinho, ne? rs

Gosto de trabalhar, mas conhecimento para mim eh tudo. Eh por isso que adoro ler. Contudo, o "saber" oriundo por meio de viagens eh muuuuuito mais interessante (e divertido ;) ). Anyway, se "navegar eh preciso", ter um porto solido pra ficar tambem eh :) 

Gente, estou com febre, sorry pelo texto rs.

NAMASTE

sábado, 22 de maio de 2010

De repente, Liverpool (yeah, yeah, yeah...)

Não há um dia que o telefone não toque sem parar. A primeira pergunta sempre é: “Are u OK, hun?”. “Ahan...”, é o que se ouve do outro lado da linha.

Assim o tempo passa, eu ‘na minha’, ele ‘na minha’ também. Então, obviamente, eu me questiono, hesito...mas acabo indagando: “Por que insistir tanto em um lance que já não deu e que, evidentemente, não dará mais certo?”. A resposta: “Impossible is nothing” (mais clichê impossible as well rs). Bem, se DR em português é um saco, imagina em inglês. Desta forma, calo-me.

O telefone toca novamente. “Chega, já estou indo. Se ligar mais uma vez não rola mais!”. Pego o trem. A viagem é curta e interessante. Quando olho pela janela, lá está ele. Saio do vagão. Ele me beija sem pedir licença: “Are u OK, hun?”.

Ele não para de me olhar. Para disfarçar, começo a tirar fotos. Sorte que o lugar é bonito. Ele parece uma criança ao meu lado. No começo, isso me irrita, rola uma sensação de compaixão+carinho. Confusão. “Are u OK, hun?”.

Depois de séries de ‘euteamos’ respondidos com sorrisos complacentes, amanhece.

Outro trem. Juras de amor unilaterais, impaciencia: “Are u OK, hun?”. De repente, Liverpool. Já da estação sinto a vibe dos Beatles, assim como o cheiro salgado da cidade.

The Beatles Story Museum. Pequeno, porém repleto de significados e níveis de compreensão e sensibilidade diversos. O espaço obtuso faz uma passagem radical do concreto (como a motoca que Lennon dirigia qdo adolescente) até o que há de mais íntimo e singelo. Lá moram o esboço de “Hey Jude”, brainstorms de Lennon, pedaços da fase ‘namaste’ de Harrison, provas do carinho de Paul por Linda; entre outros detalhes quase infinitos...Emociono-me. “Yes, I am OK”.

Óculos engraçados para cineminha 4D sobre a banda. Risadas. Água no rosto “We all live in a yellow submarine”. Bolhas de espuma no ar...”Carla in the sky with...” Ops, terminou. Corrida-contra-o-tempo para não perder o trem para...já foi. E agora, José? “No, I am not OK at all”.

O carinho incessante e o tratamento princesa-rainha me fazem ceder um pouco. No entanto, ainda não me sinto confortável .”I get high with a little help of my friend...”. Risadas, devaneios...quem é vc, afinal?

Outro dia, outro trem. Tudo muito rápido. Não consigo raciocinar direito. Olho para o lado e, para variar, lá está ele me observando, carregando todas as minhas coisas.

Corro para não perder a viagem (outra vez, não!). Ele me abraça forte, dizendo mais uma vez que me ama. Meu coração aperta. Olho pela janela e vejo ele correr junto ao trem e dizer com os olhos ‘o de sempre’.

Durmo, acordo assustada. Cheguei? Not yet. Começo a chorar sem parar. O que tá pegando? O que segue acontece roboticamente, até eu receber um torpedo: “Are u OK, hun?”.

Ao perceber que estou partindo velozmente para o mundo-do-faz-de-conta, um amigo esperto consegue me puxar para a realidade no momento exato e, com suas sábias palavras, coloca meus pés no chão: ”Fica bem, viu?”, ele me diz. No dia seguinte, respondo: “Eu já estou ótima, muito obrigada”. Yeah, yeah, yeah...

NAMASTE