Contrariando um pouco a descrição do meu blog, viajarmentalmente é bom até certo ponto. Digo questionar conceitos, julgamentos, comportamentos, opiniões, ideias é ótimo para nossa própria evolução. Afinal, quem não faz isso, só engole o que lhe é transmitido e repete feito papagaio. Ao mesmo tempo, questionar tudootempotodo te torna um chatão rígido, que acredita que a sua verdade é única e irrevogável.
Enfim, meu foco agora é outro... é naquele tipo de viagem que não te leva a nada. Aliás, que só gera ansiedade, insegurança e flagelo. É aquela viagem que você faz sozinho, mas que não tá curtindo porque tá pensando ‘naquela pessoa’ que poderia estar contigo... saca? É quando o destino final depende do outro, sem direito a paradas em outras estações...
É a viagem da expectativa. A nóia dos “relacionamentos futuros”. É o escapismo amoroso... Quando embarcamos nesta jornada, já achamos que o(a) outro(a) está com a gente. Só que, em muitos casos, ele(ela) não sabe nem em que bonde estamos...
Pois é, atualmente, ando bem mais “observadora” do que “atuante” no segmento devaneio. Não sei se isso é bom ou ruim. Sim, estou com meus pezinhos mais no chão... e com os dois bem atrás, btw...Yes, fase proteção mode on.
Coincidentemente (ou não), ao mesmo tempo em que, por motivos profissionais, estou com os olhos voltados à psicanálise, também sou uma das administradoras de um fórum de relacionamentos, cujo público é grande e heterogêneo. Consequentemente (ou não rs), estou a atuar como consultora sentimental (de meia tigela, mas o que vale é a intenção rs) de amigos e conhecidos.
Anyway, disse tudo isso pra que tenham ciência de que nem tudo que escreverei aqui será bullshit...Isso é, não to divagando (muito), estou focada no que rola ao meu redor sobre o assunto e, cara...o resultado não tem sido muito legal não, viu?
O ser humano evoluiu muitíssimo em certos aspectos, mas no setor sentimental, parece acontecer uma involução. Por quê? Porque a ‘galera com mais de 30’ ainda apresenta uma insegurança juvenil neste aspecto (entre outros fatores) .
É incrível o número de mulheres bem sucedidas que AINDA se auto-engana. O sexo feminino AINDA arranja boas e velhas desculpas para justificar comportamentos toscos...Sei lá, não sei o que mais pega...se é carência, as imposições sociais ou os valores morais individuais...Só sei que tá punk o negócio.
A mulherada não sabe mais se deve ser romântica, se deve ser ousada, se dever pagar de ‘não to nem aí’. Confusão generalizada com consequência clara: frustração.
O lance tá bem mais pra “Maria do Bairro” do que pra Sex & The City . As moçoilas ainda caem (e feio!) nas mesmas armadilhas que os “Robertos Fernandos” arquitetam.
Então, eu não sei dizer (sinceramente) quem é pior...Se é o tal do Roberto Fernando, que vem com o mesmo papinho pra seduzir e pra bolinar o próprio ego, ou se é a Maria do Bairro, que crê no que o camarada fala.
Cara Maria Mercedes...Se o Augusto Luciano some, é claro que ele não tá nem aí! Peloamordedios! Mujer, não se culpe.
Falando sério, me angustia observar esta ‘culpa’ que nós, mulheres, insistimos em carregar... “Ai, ele sumiu pq eu transei logo de cara” / “Ai, não sou tão inteligente (cabe gostosa ou qq outro adjetivo aqui tb) como ele gostaria”. Meu, para...Não viaja! Não cria novelinha (ainda mais mexicana!) na cabeça. E SE, por acaso, o cidadão realmente caiu fora pq vc deu logo de cara, ou pq vc não é gostosa como a Beyoncé? Direito dele, não?
Porém, a culpa é sua? Odeio esta palavra, mas se há culpa, ela é do cara...que em momento algum deixou de ser babaca por sumir. Há descaso de mais e “macheza” (no sentido de assumir o que se fala e faz) de menos por parte dos moçoilos. Por favor, me desculpem...mas vocês sabem que é verdade...
Em contrapartida, os caras estão mais do que certos quando afirmam: “Tem muita mulher que não sabe o que quer” .
É por isso que, em muitos momentos, eles sofrem calados, tentando se preservar...
Acredito que tudo isso esteja tb relacionado à nossa cultura...Somos, essencialmente, católicos...Tal religião traz como bagagem a maldita da culpa...Sem falar no machismo agudo que ‘fingimos’ não vivenciar mais...
Está tudo nublado... Será que alguém quer verdadeiramente enxergar o que está acontecendo? Ou vamos ficar nesta mistura de esconde-esconde com pega-pega até não conseguirmos mais correr?
OBS: Meu texto é baseado em minhas experiências e observações. Generalizei sim. Contudo, os dados quantitativos estão aí... Os comportamentos foram estereotipados porque são repetidos e repetidos...No entanto, é claaaaaaaro, que há muita mulher que ‘age como homem’ e vice-versa (falando de maneira bem tosca mesmo). Eu realmente gostaria de dizer que não podemos comparar... que todos somos seres humanos...Porém, há ainda diferentes gritantes entre os sexos...Eu ainda acredito que estejamos em uma ‘fase de ajustes’...Uma hora a ficha cairá...Só assim os encontros irão superar os desencontros...
NAMASTE