De acordo com o dicionário, ‘palavra’ significa “vocábulo provido de significação”. “De palavra” é alguém que cumpre o que promete (“pessoa de palavra”). Já em ambientes mais formais, “pede-se a palavra’. No plural, podemos abranger, utilizando “palavras vagas, discursos vãos”.
Pois é, nota-se claramente que tal termo denota sentidos expressivos, já que é um das bases da comunicação, como sabemos. No entanto, por que há tanta gente que faz ‘mau uso’ deste vocábulo?
Quase tudo que escrevemos/dizemos é relevante, pois qualquer tipo de declaração dá margem a diferentes interpretações. Porém, muitos subestimam o valor da mensagem. É por isso que há expressões do gênero: “Falei da boca pra fora”; “Pense duas vezes antes de falar” e afins.
O conceito de “pessoa de palavra” é evidente. Contudo, são pouquíssimos os indivíduos em quem depositamos confiança absoluta para utilizar tal expressão. Isso ocorre porque não é lá mto fácil distinguir alguém que fala a verdade de alguém que ‘brada’ discursos por impulso, hipocrisia, ignorância ou então somente por imaturidade mesmo.
É por essas e por outras que o valorizado “dou minha palavra” quase já perdeu seu mérito...Uma prova disso é a tendência que acordos sejam realizados por escrito. Atualmente, as pessoas se ‘previnem’ por meio de assinaturas. Todas as letras miúdas são 'minuciosamente esmiuçadas' e até mesmo se contrata um advogado para realizar o processo. Não estou criticando não, muito pelo contrário...rs.
Há uma questão ainda mais ‘complicada’ sobre o assunto: o "trato pessoal". Entre amigos e namorados não há documentos assinados, apenas mensagens trocadas. É aí que “tudo se perde” (ou não, claro).
O 'pobrema' é que muitos dizem “Eu te amo” como se estivessem falando: “Eu amo chocolate”. Geralmente são os mesmos que propagam “discursos em vão” e fazem “promessas vagas”‘. Tudo reflexo de uma sociedade sem consciência e sem memória... (É válido ressaltar que declarações podem ser também perigosas, pois convencem, manipulam...É, “todo cuidado é pouco”).
Enfim, como sabemos que o que foi dito/escrito por ‘gente querida’ é verdadeiro? Aí depende da percepção (se o ‘amigo’ tem caráter mesmo) e de outro ponto pertinente: as expectativas que geramos em relação aos outros. Como já comentado, tudo depende da ‘interpretação’. Quando há envolvimento emocional, fatos deixam de ser fatos, pois cada um os enxerga de acordo com ‘sua verdade’...E qual é a “verdade verdadeira”? Já não existe mais.
Quem nunca se perguntou: “Será que devo acreditar no que ele (ela) diz?” /"Será que ele (ela) não está se utilizando de expressões fortes só para alimentar o próprio ego?/"Será que ele (ela) não é um p* de um (a) sacana? Sinceramente? Não sei também...
Uma coisa é certa: “Quem fala muito, escuta pouco” e quem não sabe ouvir não entende o que passa a sua volta, torna-se egoísta e, em muitos casos, cria um mundo fantasioso, no qual, várias vezes, sente-se injustiçado pelos ‘seres reais’.
Por isso afirmo que, se pudesse, registraria esta citação (que não é minha, btw) em cartório: “A palavra é de prata e o silêncio é de ouro”.
E é isso...Meu Senhor, 4h30 da manhã e eu aqui! Uma ótima semana a todos, repleta de paz e de "declarações agradáveis e verdadeiras” ;) (Afff, que coisa mais cartãodenatal, né não? :S)
NAMASTE