Muitas vezes queremos ter êxito em todos os campos. Para isso, agimos de forma ética, pensando no nosso bem e no de quem está ao nosso redor.
Acordamos, tomamos nossas vitaminas, nos exercitamos, trabalhamos com afinco e ainda cuidamos de quem amamos e daqueles que nos pedem auxilio.
Ou seja, seguimos o protocolo do que é ser “um ser humano legal”. Assim, nos tornamos pessoas mais felizes e pródigas.
Tudo lindo na teoria, mas e na prática...isso acontece mesmo? Talvez, se tivéssemos o poder de ter tudo “sob controle”. No entanto, a vida não nos permite isso.
Quem a gente ama, pode nos deixar. O nosso chefe pode não dar o valor que merecemos. Alguém pode nos interpretar erroneamente (apesar de nossa boa intenção) e não nos perdoar. E aí, como continuamos?
Seguimos porque a vida é assim. Ter medo de não ser o máximo, de não ser adorado por todos é imaturo e injusto. Reclamar não adianta. A pegada é entender que REALMENTE poucas coisas estão “sob nosso controle”.
Ter compaixão com quem merece é fácil. E com aquele individuo que nada fez por merecê-la? Damos as costas? Pior, ajudamos e depois reclamamos da ingratidão que gostaríamos de ter recebido? Dominar o ego não é fácil, aceitar a todos “de corpo e alma” também não...
E se agirmos de acordo com o "esperado", mas de maneira mais egoísta? Apenas na base do jogo das trocas. Acabamos nos sentindo mal...Egoísmo, que sentimento feio, não é mesmo?
O “segredo” seria então nos focarmos no presente...vivendo-o intensamente, mas sem esquecer que nossas ações repercutirão logo em seguida.
Assim seguimos, questionando convenções, o tal do “certo e errado” e, em muitos momentos, crescemos, evoluímos através destas reflexões...
No entanto, tudo pode acabar em um piscar de olhos...O que é tudo? A vida!
Ninguém gosta de falar sobre morte. Assunto mórbido, não? Contudo, quem nos garante que abriremos nossos olhos amanhã? Ou que alguém, que nos é muito especial, deixe de respirar? Ninguém...
Nesta semana duas pessoas muito boas faleceram (obviamente estou me referindo a indivíduos do meu convívio). Não cabe a mim falar sobre justiça agora. Caberia a você? Creio que não também...
Isso me serviu como uma espécie de tapa na cara. Ando melancólica, pensando demais...Porém, o tempo passa...Será que estou fazendo o meu melhor pra ser feliz? Cadê meu otimismo? O fato de celebrar por estar viva?
Aquela velha historinha de “curtir cada minuto como se fosse o último”...De tentar ver a beleza em cada detalhe...Não, não é desta forma que estou vivendo...e não me orgulho disso...
Tudo bem, estou em uma fase difícil, mas quem não está? Difícil mensurar o problema alheio...
Talvez até esteja agindo “conforme o protocolo”, mas será que basta?
Não, não basta. E só cada um de nós sabe como mudar isso. Por que depois, se algo acontecer comigo ou contigo, o que sobram? As vitaminas...
Pensei sobre isso após assistir ao seriado Grey’s Anatomy, em que a protagonista faz exatamente esta metáfora. Agora, com tudo o que ocorreu nesta semana, me lembrei disso...Tem sentido, não é mesmo?
Um brinde à vida!
NAMASTE
PS: Peço desculpas pelo texto. Certamente está bem repetitivo, mas estaria "seguindo o protocolo" se o revisasse agora. Não estou a fim...